Controle e biologia de Caramujo africano e lesmas
O controle do caramujo africano e das lesmas pode ser desafiador devido à sua capacidade de reprodução rápida e à sua resistência a alguns métodos de controle. Aqui estão algumas estratégias comuns para lidar com essas pragas:
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Métodos físicos:
- Remoção manual: Para caramujos e lesmas visíveis, remova-os manualmente e descarte-os.
- Barreiras físicas: Crie barreiras ao redor de áreas que deseja proteger, como canteiros de plantas, usando materiais como cascas de ovos, cinzas de madeira ou coberturas de plástico.
- Armadilhas: Coloque recipientes rasos de cerveja ou água perto de plantas afetadas para atrair e afogar caramujos e lesmas.
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2. Controle biológico:
- Introdução de predadores naturais: Algumas espécies de pássaros, sapos e caracóis podem se alimentar de caramujos e lesmas, ajudando a controlar suas populações.
- Nematoides entomopatogênicos: Alguns tipos de nematoides parasitas são eficazes no controle de caramujos e lesmas.
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3. Controle químico:
- Iscas e pesticidas: Existem iscas e pesticidas específicos para caramujos e lesmas disponíveis comercialmente. Certifique-se de ler e seguir cuidadosamente as instruções de uso para garantir a segurança das pessoas, animais de estimação e do meio ambiente.
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4. Práticas culturais:
- Limpeza e remoção de detritos: Remova materiais orgânicos em decomposição e mantenha as áreas de plantio limpas para reduzir os abrigos e a disponibilidade de alimentos para caramujos e lesmas.
- Irrigação cuidadosa: Evite regar excessivamente, pois ambientes úmidos favorecem o desenvolvimento dessas pragas.
- 5. Rotação de culturas e seleção de plantas resistentes: Rotacionar culturas e selecionar plantas que são menos atraentes para caramujos e lesmas pode ajudar a reduzir as infestações.
É importante combinar várias estratégias para um controle eficaz e monitorar regularmente para evitar que as populações se tornem excessivas novamente.
Ciclo de vida do caramujo africano e lesmas
O ciclo de vida do caramujo africano (Achatina fulica) e de muitas lesmas é semelhante, pois ambos são moluscos terrestres pulmonados. Vou explicar o ciclo de vida geral desses organismos:
- Ovo: O ciclo começa quando um caramujo ou uma lesma põe ovos. Os ovos são depositados em locais úmidos e protegidos, como debaixo de pedras, folhas ou no solo.
- Eclosão: Após um período de incubação que varia conforme a temperatura e a umidade, os ovos eclodem e liberam pequenas lesmas ou caramujos recém-nascidos chamados de juvenis.
- Juvenis: Os juvenis são pequenos e vulneráveis, e passam por várias fases de crescimento alimentando-se principalmente de matéria orgânica em decomposição e vegetação.
- Maturidade Sexual: À medida que crescem, eles passam por diferentes estágios de desenvolvimento até alcançarem a maturidade sexual. O tempo que isso leva pode variar de algumas semanas a alguns meses, dependendo das condições ambientais e da disponibilidade de alimentos.
- Acasalamento e Postura de Ovos: Quando atingem a maturidade sexual, os caramujos e lesmas se reproduzem através do acasalamento. Eles são hermafroditas, o que significa que têm órgãos reprodutivos tanto masculinos quanto femininos. Após o acasalamento, os ovos são depositados em locais apropriados para incubação.
- Ciclo Reprodutivo: O ciclo continua com a eclosão dos ovos e o início de um novo ciclo de vida para a próxima geração.
Este ciclo pode se repetir várias vezes ao longo da vida de um caramujo ou lesma, que pode viver de alguns meses a vários anos, dependendo da espécie e das condições ambientais. Vale ressaltar que o caramujo africano, em particular, é conhecido por sua capacidade reprodutiva excepcionalmente alta e pode se tornar uma praga em certas áreas devido à sua rápida reprodução e crescimento populacional.
Doenças que podem causar o ser humano?
O caramujo africano (Achatina fulica) pode representar um risco para a saúde humana por ser um vetor de várias doenças. Aqui estão algumas doenças que podem ser transmitidas pelo caramujo africano:
- Angiostrongilíase abdominal: Causada pelo parasita Angiostrongylus cantonensis, essa doença é conhecida como "meningoencefalite eosinofílica" e pode ocorrer quando as larvas do parasita são ingeridas por humanos. Os sintomas incluem dor abdominal, náuseas, vômitos, rigidez no pescoço e até mesmo meningite.
- Gnathostomíase: Esta doença é causada pela infecção com larvas do gênero Gnathostoma, que podem ser transmitidas ao ingerir caramujos ou lesmas contaminados. Os sintomas incluem dor abdominal, náuseas, vômitos, erupções cutâneas e, em casos graves, podem ocorrer complicações neurológicas.
- Eosinofilia meningoencefálica: Esta é outra forma de meningite que pode ser causada pela ingestão de caramujos ou lesmas infectados com certos parasitas. Os sintomas incluem febre, dores de cabeça, rigidez no pescoço e pode progredir para complicações neurológicas graves.
Além disso, embora não seja uma doença, o muco produzido pelo caramujo africano pode conter nematoides e bactérias que podem causar reações alérgicas ou irritações na pele em algumas pessoas sensíveis.
Portanto, é essencial evitar o contato direto com caramujos ou lesmas, especialmente ao manuseá-los ou ao tocar em suas secreções. A higiene adequada das mãos após o contato com esses animais também é crucial para prevenir a transmissão de doenças.
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